Acordamos cedo, era preciso estar no Palácio de Dolmabahce as 8:30h.
Filas enormes nos aguardavam e um irritante grupo guiado por italiano muito grosseiro que resolveu implicar justo com nosso grupo, quase saiu briga. Ele ficava de lá ironizando "brazilianos, brazilianos"... A nossa frente um guarda que de tão sério parecia de pedra, até para ele falar vinha outro e colocava a mão para cobrir a boca dele e então ele passava as orientações sobre o que estava vendo. Lindo, melhor que soldadinho de chumbo, além do que o guarda era mesmo muito bonito. rsrsrss
Dentro do Palácio so poderia forografar quem pagasse, a guia aconselhou a não tentar entrar com máquinas sem pagar a taxa pois teria revista como em aeroporto. Quase ninguem levou câmeras,mas, uma pessoa levou e não pagou e nem olharam a bolsa dela....tel tel tel tel....
Lá dentro entendemos o motivo da cobrança, é tudo no mínimo FANTÁSTICO, quase 100% de toda construção feita em mármore, as portas... fantástico como aquele Sultão gostava de portas, eram um espetáculo a parte, os salões, os vitrais, os jardins, e tudo isso as márgens do Estreito de Bósforo, o canal de navegação mais estratégico do mundo, pois suas margens de um lado é Europa e do outro é Ásia. Imaginou???
Na sequência fomos para o porto embarcar para um passeio pelo Estreito de Bósforo, de cara uma coisa bem legal, todos os barcos estavam lotados enquanto o nosso, era só nosso!!! 22 pessoas para um barco de 2 andares, puro luxo!!! kkkkkkk
Primeira sensação, que na verdade é uma constante em toda Turquia, frio e calor que parecem ligar de desligar a todo momento, se você está na somba faz frio, se sai e o Sol lhe toca faz calor. É uma sensação única. Percebemos que apesar de toda beleza do lugar não havia ninguém na água, foi ló olhar para ela e logo descobrimos porquê. Uma gigantesca colônia de águas vivas, cobrem o Estreito parecendo até um tapete e cebolas....ai que medo! É verdade, dá medo só de pensar no caso de uma queda naquela água. Seria queimadura pra todo lado.
Mas, seguimos o passeio. De tanto espaço o grupo acabou se dispersando um pouco, mas logo eu e Sérgio tivemos uma idéia que já animou a todos. Havia uma bandeira da Turquia no Barco - aliás, outra constante, jamais ví uma mesma bandeira tantas vezes. Nas janelas das casas, nos carros, nos monumentos, seja por onde for, ela está lá, tremulando, vermelha, forte- aí lembramos que também tínhamos a nossa bandeira e passamos a fotografar todo mundo com as duas bandeiras, foi uma farra.
Do barco podemos ver: a Fortaleza de Rumelihisar, Casas das vilas Otomanas, e especialmente a vista dos dois lados de Istambul, o europeu e o asiático. Tão diferentes entre sí. Do lado europeu grande densidade demógrafica, muitas casas que pareceiam erguidas umas sobre as outras, muitos bares e centro comerciais, construções antigas, palácios, fortalezas,portos para embarque e desembarque das balsas que fazem o transporte da população. Já do lado asiático, era como se víssemos um continente sendo conquistado, grandes casa a beira do estreito, pier para ancorar os barcos particulares, quase nenhum ponto de ligação entre uma construção e outra e muito verde e espaço ainda a ser habitado.
Almoçamos ainda do lado europeu do Estreito. O lugar do almoço era um pedaço muito típico da Turquia, um ambiente colorido, aconchegante, com muita madeira, lustres coloridos (outra coisa típica do País) e os quadros que tinham gravuras que representavam os banhos dos palácios, as mulheres com seus sapatos de banho (se é que se pode chamar aquilo de sapatos) e suas "criadas" auxiliando na travessia até o local do banho.
Detalhe, uma das fotos dos quadros foi feita em homenagem ao meu amigo Fagner,que assim como eu, sofre um pouquinho de TOC e não suporta ver um quadro torto, lembrei dele na hora e contei a todos que estávam sentados comigos e rimos muito, aí foi impossível não registrar aquele momento.
Essa é outra coisa muito importante a ser destacada, numa viagem, nunca estamos sós, é incrivel como por todo lado podemos ver quem amamos, de alguma forma, levamos todos conosco e estamos lá um pouco por cada um dos que ficaram também, é como se emprestássemos nosso corpo, olhos e coração para sentir tudo aquilo com eles e por eles. É muito especial. Outra hora vou fazer um post só com imagens que registrei no momento em que senti as pessoas que amo prensentes naquele lugar, e olha, foram muitos...minha vó, minha mãe, meus amigos, meu amado afilhado, tantos...sozinha é que eu não estava mesmo.
No caminho para o aeroporto fomos a Colina de Camlica já do lado asiático e podemos ver uma idescritível vista da Istambul européia, além da beleza do lugar que é magnificio, com ar de sagrado mesmo, muitas tulipas, gente tomando café e chá, famílias, gente de todo lugar. Em meio a isso tudo, vimos grupos de meninas de burca negra contrastando com o colorido das tulipas, e o mais legal, uma noiva, no meio daquele lugar, como se tivesse passeando com o noivo, não tivemos tempo para entender como ela foi parar ali e nem por qual razão, mas registrei a imagem. També tomamos café turco num legítimo café da Turquia, pena que a pressa, tão constante numa excurssão, nos impede de sorver mais dos lugares onde vamos, nem tivemos tempo de ler a borra do café, uma tradição na Turquia, tudo bem, que estávamos numa excurssão católica, mas é cultura e na minha opinião valia a pena viver aquilo.
Tudo bem, mas já foi bem legal tomar o café, com Mariana, Nando, Paulo e Pe. Fabio.
Seguimos para o aeroporto, que estava em reforma e onde nos estressamos um pouco, pois ficamos sabendo na hora do embarque que o limite de peso era apenas de 15kg e cada quilo extra nos custaria 4 liras turcas, quase 6 reais, por quilo. Ficamos revoltados e ameaçamos não comprar mais nada na Turquia. No avião, aflição. A aeronave era velha, passamos turbulência e eu estava junto com Mariana e Nando que morrem de medo de voar. Tive que segurar nas mãos de Mari e rezar com ela. Logo veio o lanche...para comprarmos.kkkkkkkkkkkkk
Pois é.... nos vôos internos na europa qq coisa que queira beber ou comer vc tem pagar no avião. Mas, se preocupe, eles aceitam cartão.kkkkkkkkkkkkkk
Chegamos a Adana, segunda maior cidade da Turquia. Mais surpresas, quando você saí da sala de desmebarque já está rua.kkkkkkkkkkkkkkkkk. Muito parecido com nossa piores rodoviárias. E mais o ônibus não esperava por nós. Nós é que tivemos que esperar ele vir, pois não pode estacionar na rua do aeroporto por conta da rua estreita e do grande fluxo no horário.
Tudo bem vai...relaxamos.
O hotel era no centro e logo ao lado, um shopping! Acredita que estava tão cansada que não fui lá? Jantamos e dormimos, dessa vez sem passeio noturno.
Meu quarto era ótimo e fiquei na net baixando fotos e papeando com o Brasil.
Chegamos a Ásia, e eu pensei que estava viajando para a Europa......
Sabemos o primeiro passo que damos, os próximos só Deus sabe.
BJs
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