Numa palestra dentro da Globo. Foi apresentado pelo diretor-presidente da área de internet.
O Twitter é seu espaço de diversão?
Sim, é um deles. Eu me divirto com minha família, com leitura, música, cinema, esportes. E com o Twitter.
O que mais o fascina no Twitter?
Tem certa semelhança com meus tempos de rádio. Eu estava na rádio USP, há uns 25, 26 anos. Ao anunciar uma música, fazia lá um comentário qualquer. Ligava a letra da canção a algum fato do noticiário, coisas assim. E o telefone tocava imediatamente no estúdio. No Twitter é isso. Só que com 400.000 "ouvintes" em potencial. E grande parte deles disposta a responder na hora.
Você se considera um viciado na rede de mensagens?
Tem uma seguidora de Belo Horizonte que se declara assim, no perfil: "Twitteira nas horas vagas. Não tô viciada. Paro quando quiser." (risos).
Seus filhos ou a própria Fátima Bernardes (jornalista e mulher de Bonner) também possuem perfis oficiais em redes sociais?
Meus filhos têm Facebook. Fátima guarda distância disso tudo.
Você acredita que pessoas famosas estejam preparadas para lidar diretamente com o público, principalmente no Twitter?
Eu não me atreveria a julgar. De minha parte, digo que estou ali só pra mostrar aos seguidores uma face que meus amigos e colegas já conhecem: o sujeito brincalhão. Por isso, a possibilidade de me tornar alvo de alguma brincadeira é parte do jogo - e encaro isso com naturalidade e bom humor. Aliás, na maior parte das vezes sou eu mesmo que estimulo a "tropa" nesse sentido. Como quando digo que estou com meu "pijamão listrado", por exemplo. É algo tão ridículo que acabei usando uma foto dessa "indumentária" como fundo em meu perfil no Twitter. Acho altamente recomendável que as pessoas que entram nesse mundo do microblog tenham a capacidade de rir delas mesmas.
Você sempre "twitta" posts muito pessoais, que falam bastante sobre o seu dia a dia fora da TV. Essa foi uma estratégia de aproximação com o público ou o perfil se moldou naturalmente?
Se eu quiser mostrar um lado da minha personalidade que as pessoas ainda não conheçam, terei que abordar prioritariamente o que faço fora da TV. Ao levar filhos à escola depois do toque do despertador, por exemplo. O que faço dentro da TV eu já descrevi didaticamente no livro Jornal Nacional Modo de Fazer, lançado no ano passado. (E destinei meus direitos de autor à escola de Comunicações e Artes da USP, porque não me parecia justo lucrar com uma obra que aborda o trabalho de uma equipe gigantesca de profissionais.)
O Twitter diminui a distância entre você e os espectadores do Jornal Nacional. Por que manter esse canal de comunicação?
Primeiro porque isso é imensamente prazeroso e divertido. É o motivo número um. Mas também porque eu acho que quanto maior for a empatia estabelecida entre mim e o telespectador-twitteiro, mais agradável será, para ele, a experiência de assistir ao Jornal Nacional. Na verdade, eu só passei a "achar" isso depois que os meus "sobrinhos" (sou o "tio" no Twitter) comentaram essa sensação repetidamente.
Como você tem lidado com essa comoção no Twitter? Como é para você ser conhecido na rede como o "tio" do microblog?
É uma experiência nova e muito enriquecedora. Foi muito compensador ver o público aceitar e compreender a minha proposta no Twitter. Ou seja: eu estou achando isso absolutamente sensacional.
Você é adepto de outras redes sociais ou de gadgets? Recentemente foi divulgada uma pesquisa americana sobre o vício em iPhone. Você conseguiria viver longe desses dispositivos móveis?
Não frequento outras redes sociais. E, sim: sou viciado em conectividade. A ideia de ficar sem internet me angustia. Eu não lembro mais como era, no meio de uma conversa, uma dúvida surgir e não ser eliminada instantaneamente numa pesquisa digitada no telefone celular mais próximo.
O William Bonner é o âncora do Jornal Nacional ou "tio" do Twitter?
O William Bonner é o âncora do Jornal Nacional, o "tio" do Twitter, o marido da Fátima, o pai do Vinícius, da Beatriz e da Laura, o cliente do dr. Sérgio, o torcedor do São Paulo. Em cada ambiente, em cada circunstância, eu sou um e sou vários. Porque, como você e todo mundo, eu sou rigorosamente quase normal.
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